Você é como ar. Inevitável. Por mais que eu saiba que não devo respirar essa onda de tristeza e de angústia do não dito, da quietude que eu insisto em quebrar, eu sou obrigado a respirar a tua presença. Por mais que ela seja invisível, intocável. Eu te sinto quando eu menos vejo. Quanto mais confortável você estiver, mais eu vou sentir a angústia do "estar tudo bem". É que eu sei que teve um fim, eu quis assim. Mas só o que eu vejo termina. E eu sinto a solidão de estar mais perto do que eu deveria e sem ver o que eu queria. É a dor da indiferença relatada por uma decisão do coração. É impossível ser indiferente com o coração. É inútil mentir para a verdade absoluta. Eu sei que no meu eu mais profundo eu encontro a verdade absoluta e não ouso em discordar, eu tento enganar e me sinto um fracassado.
Eu e ele. Nós sabemos que você ainda permanece dentro de mim. E quando eu sinto que te perdi ele me lembra que você ainda está aqui. E as lembranças, por mais falsas que pareçam me fazem sentir gratidão de um tempo bom, cercado de ilusão e que me fez um dia achar que poderia te fazer sentir o mesmo. Ah, eu me sinto tão vivo por isso. Esse ar que me traz teu nome me traz junto todos os sentimentos do mundo. Às vezes penso que sou movido à você. Quanto mais longe você estiver mais dentro de mim vai estar. A minha solidão é a tua presença na mais invisível das formas. Eu sinto saudade por não poder te ver, então, a solidão me traz você.
Esse texto é meu momento ..
ResponderExcluirme achei muito nele
muito Lindo,parabéns