segunda-feira, 28 de junho de 2010

Inteligência

Não sei se realmente alguém poderia conseguir definir alguma pessoa de inteligente; ou não.
A inteligência é relativa. É o observar, é o perdoar, é o sentir, é o amar. Mas, também, é o pensar, o descordar, (ou concordar) o calcular...
Pensando por este lado, realmente, ignorante é aquele que julga o inteligente por ser um ser bem sucedido, dedicado ao que faz e que vê o trabalho sempre como um primeiro plano em tudo. Mas vai saber se o que este, inteligente, faz o que ama, o que gosta. Se realmente seguiu o coração, ou foi pelos conselhos de pessoas que se dizem ser inteligentes por aconselhar o destino das pessoas, sem conhecer a sua capacidade em fazer o que ama. Ou será que é inteligente aquele que ama o que faz, mas não se importa tanto em garantir um alicerce concreto e duradouro? Sim, talvez o que segue a sua paixão no que faz, tenha uma perspectiva de vida mais ampliada do que o outro, eu diria. Mas não mais inteligente. Quem seria eu para julgar alguém de ignorante, sem saber o que se passa?
Mas uma coisa eu tenho certeza. Feliz é aquele que faz o que ama. Pode não ser considerado o mais inteligente, mas, sem sombra de dúvidas, o mais feliz. O sucesso está mais perto de quem é feliz no que faz.
De qualquer forma, um meio termo. Sim, trabalhe, construa. Mas o convívio com as pessoas que nos fazem bem, é o segredo em ser feliz por inteiro. Não que eu saiba como explicar, ou que eu tenha uma fórmula para provar. É só sentir. E tu vai ver que é ali que eu me refiro.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

(Mis)chance


Sinceramente, meu ponto de vista é um absurdo.
Eu gosto do tamanho absurdo em que eu consigo ver tanta hipocrisia nas pessoas. Não que eu tenha algum orgulho por isso... Deus me livre! Mas me sinto, de certa forma, atento, e me sinto um pouco mais seguro em saber construir a minha própria dignidade. Como se fossem exemplos.
As pessoas não pensam duas vezes antes, para magoar e submeter alguém que chamam de amigo.
A desconfiança, eu vejo ao lado, até dentro deles. O medo em falhar e os olhos a brilhar por uma chance em humilhar; me dão medo.
Eu observo e lamento. É uma pena elas não terem tido a minha sorte em ter conhecido o amigo que eu tenho hoje.
Se tivessem, talvez entenderíam o meu ponto de vista em meio à tanta medíocridade.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O óbvio visto pelo complexo

A capacidade de cada um vem do que cada um é capaz. Óbvio.
Muitas pessoas são capacitadas, mas não são capazes.
Parece ser uma frase ridícula, mas a capacidade teoricamente e óbviamente vem da palavra "capaz". O ser humano consegue sim, ter capacidade mas não ser capaz de fazer algo, mesmo sendo capacitado.
- Então, "capacidade" seria um termo inútil!
Não, talvez, para estes, capacidade pode ser visto apenas como o espaço interior de um corpo vazio.
O que os tornam capazes é a vontade. Talvez, a capacidade eles pensarão em usar quando forem capazes.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Liechtenstein


Não tenho pretensão alguma em querer ocupar o espaço de aguém.
Eu quero ser melhor do que eu sou. Ah, isso eu quero. E talvez, eu possa pensar dessa forma o resto da vida. Não permanecer, talvez, proceder, mas sempre, sempre crescer.
Crescer. Não me refiro de forma alguma me tornar mais orgulhoso, vaidoso ou me sentir grande. Para crescer dentro, não é preciso gabar-se de sua preeminência em relação aos outros. A inferioridade se redime por si mesma.
Em algumas ocasiões, até a minha opinião eu prefiro guardar, nunca se sabe o que os grandes por fora irão pensar. Não tiro uma conclusão inútil, e nem faço uma observação inusitada quando digo e me refiro às crianças como pessoas gigantescas. Por dentro, elas são enormes. Sim, as crianças sabem de tudo, os adultos que vão enganando-as ao longo do tempo com suas verdades insanas e complexadas. A grandeza da criança é simples, pura e divertida. Quando um homem é visto como "grande", a primeira coisa que nos vem à cabeça é um homem bem sucedido, de terno, com uma maleta em mãos e algumas verdades convenientes. E como seria vista aos olhos de pessoas grandes, uma criança grande? Poderia ser uma criança comportada, bem educada e risonha. Isso se for vista. Na maioria das vezes, não é vista. A sabedoria das crianças é algo muito complexo para os adultos. Pois é o simples, o simples aos olhos de quem não aceita (e enfeita), vira um desespero. A verdade de uma criança é tão verdade, e explicada de forma tão simples, que fica quase impossível um adulto admitir a sua inferioridade como tal para um ser tão pequeno, com uma perspectiva de vida tão grande. Não me surpreendo com as tolices dos adultos, mesmo sendo tão grandes fisicamente. Eu me surprendo com cada palavra vinda de uma criança, mesmo sabendo que são seres com uma observação de vida fascinante.
As crianças são grandes por serem. É grande por ser criança, não precisa de motivo algum para provar a sua grandeza. E o mais incrível é que ela nem pretende provar. Existe algum gesto de sabedoria mais sábio do que este? Ser grande sem precisar se gabar, saber da sua grandeza sem precisar provar? E se querem um motivo bom para prosseguir com a sabedoria e a alegria em ser criança, eis aqui uma boa forma: Um dia, nós fomos crianças, a maioria dos adultos já esqueceram, mas eu jamais vou me esquecer, a criança ainda está dentro de nós. Cada um guarda uma criança no coração, saiba pedir ajuda nas horas de angústia, saiba ajuda-lá nas horas de dúvida, saiba cuida-lá nas horas de dor. O segredo em ser feliz sem precisar provar ou agradar, está dentro de nós. Lembre-se, você também guarda uma criança. A sua criança.

sábado, 12 de junho de 2010

4


Muitas pessoas procuram o amor. Mas meu Deus! Por que tem tanta gente a procura de uma coisa tão inevitável? Tão despercebida? Tão invisível? O amor só virá quando deixarmos de procurar. O amor flui conforme o balanço que a tua vida faz. Se tu procura, ele foge; se tu convida, ele entra; mas se tu cativa, ele permanece. Eu não posso deixar de admitir que tudo que eu vejo me soa como amor, ou a maioria. Às vezes eu até esqueço que o amor está em cada um de nós.
Cada pessoa guarda uma caixinha dentro do coração. O coração é enorme, lá cabe muitas coisas, muitos guardam lembranças, momentos, pessoas, mágoas, e até coisas um tanto... inúteis. Mas dentro do coração há um espaço (Que eu diria, secreto) "especial", não mais importante, ou menos, mas é um lugarzinho isolado, quieto, às vezes, inquieto. Lá dentro tem uma caixinha guardada, ela é simples, alguns não percebem que ela existe, estão muito preocupados procurando um tal de amor, que eu nunca ouvi falar, se bem, nem quero saber quem é, o que eu guardo na minha caixinha é mais valioso do que qualquer palavra que tenha quatro letras. Afinal, uma palavra com tão poucas letras, não pode ter um significado muito importante ou valioso... Ou será que pode? De qualquer forma minha caixinha guarda mais letras, e aposto que o valor dela pode ser maior do que qualquer tipo de amor, ou quantos amores forem. Algumas pessoas escondem a caixinha a tanto tempo, que só se lembram que tem quando o desespero vem. Umas pessoas trancam a caixinha a sete chaves, com medo que alguém perceba o que tenha lá dentro. Mas o problema é que com o tempo, nem ele mais vai perceber o que tanto tempo estava trancado. E talvez morra sem saber. Tem umas pessoas que preferem não colocar nada lá dentro, o arrependimento e o orgulho gritam mais alto, esses são os mais "cuidadosos", estes pensam que nada chega a altura de ser tão valioso para ser guardado em um lugar tão importante. Estes, também são perigosos. Também existem as pessoas que escondem coisas muito valiosas dentro dessa caixinha e que realmente podem valer a pena. Mas às vezes, o medo de se entregar fica mais forte, e esse segredo vira segredo para sempre, morre em segredo. É um segredo bonito, mas que não viveu. E é triste quando não se vive algo bonito. Existem as pessoas corajosas, que vivem sem medo de ser feliz. Não procura, cativa o segredo, cuida, e aproveita, brinca, e depois guarda o segredo na caixinha de volta. E ela faz isso todos os dias, ela não precisa de muito para sentir falta. Ela fica conectada com o que guarda, ela vive o segredo, ela aproveita o valioso. Sem medo, ela vê que não tem nada a perder, e não perde nada. Ela ganha. Com estas, o segredo está bem guardado, bem cuidado e bem amado.

É, com essa, o segredo criou quatro letras, ele chamou de amor.
Sim, quatro letras, as que eu havia dito que não teriam um significado lá tão importante... E não tem mesmo. A palavra não tem significado algum. E ela nem pretende ter, amor não tem tempo pra ficar procurando significados por aí. Amor sente, amor vive. Amor não sabe de nada. Amor talvez seja ignorância, eu diria que amor é sabedoria. Pois sabedoria não é para qualquer um. E nem amor. E se não for sabedoria também, não me importa. Eu sei que amor é mais bonito. De que vale ser visto como sábio, aquele que não vê amor em cada olhar, aquele que está muito preocupado procurando entender e saber das coisas do que com o que guarda em sua caixinha? Se é que este guarde alguma coisa... O que eu sei é que ver amor é para poucos. E por que eu sei disso? Eu não sei. Mas a maioria deles estão tão preocupados em procurar amor, enquando este, está dentro de cada um, esperando para ser livre.