sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Esteja pronto para mudar, mas não mude pelas inseguranças

Mudar não é uma necessidade, não é uma opção e nem uma escolha. Jamais poderá ser. A verdadeira mudança precisa ser adaptada. Ela só nasce por uma adaptação, influência e/ou fluência. Quando estamos prontos para crescer, aceitamos quem realmente somos e não esperamos nada além do que podemos ser. Começamos a mudar, naturalmente, conforme nossa alma nos propõe. Conforme as pessoas que nos é dada ao acaso; como o Universo nos foi dado ao acaso, como a Vida é um acaso. Estamos ao acaso, e enquanto estivermos, estaremos mudando. Não há coincidência e nem planos. Para mudar, nos basta acontecer o acaso. Porque não há o que temer do mesmo, se no fim, é o único que nos protege de nossas próprias vontades. E não, não há como se esconder das mudanças, nem mesmo nas mesmas. Precisamos permitir estarmos abertos para o novo, para o desconhecido, para o saboroso. Não podemos simplesmente experimentar o mesmo tempero todos os dias. Acabaremos por nos tornarmos o próprio tempero. Nos escondemos por trás do que consumimos e nos esquecemos do que realmente podemos ser além do que possuímos, além do que queremos. Nós não somos apenas o que queremos, o que almejamos, o que seguimos, o que herdamos. Precisamos (e isso é necessário) ser inovadores, saber que somos o que está por vir, o que ainda não fomos. Ter a consciência que nós fazemos parte do desconhecido e que podemos experimentar todos os temperos que quisermos. Não somos apenas carne, somos luz. Não se permita transparecer somente um ser carnal; a vida está toda no que sentimos. É um desapego necessário: estarmos prontos para qualquer sentimento e aproveitá-lo o máximo. Sem medo das dores, da mágoa, do arrependimento. No fim, o que nos resta são as lembranças vividas. Precisamos estar preparados para as dores e para os fracassos. São essenciais. Que infeliz seria uma vida perfeita sem mudanças, sem dores e, consequentemente, sem caminhos, sem o inovador. Uma vida sem dor é uma vida insuportável. Felicidade está muito além do prazeroso. Está além de nós mesmos. Devemos nossas conquistas, nossos sonhos, nossos medos, nossos sentimentos e emoções ao desconhecido e às mudanças. Sem novos rumos não há desconhecido, e sem o desconhecido não há mudanças. Estamos condenados a nos machucar, a tropeçar e a nos apaixonar. São coisas inevitáveis que agradeço todos os dias por senti-las.
... E enquanto houver dúvidas em qual caminho seguir, opte pelo qual seu coração grita. Você ouvirá. Não espere as recompensas, a recompensa é simplesmente (e extraordinariamente) seguir. Não digo que não vai doer. Mas permita-se deixar sentir. Depois da dor há de surgir amor. Pois quem diz sofrer por amor, ainda não se permitiu sofrer. Ela ainda se esconde no sofrimento enquanto o amor lhe escorre por entre os dedos. A diferença sempre esteve nas mudanças. Necessitamos inovar a dor. Deixe a dor lhe escorrer pelos olhos, enquanto o amor floresce no seu coração.