segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Elas não querem os românticos


Afinal?! O que eu posso fazer em meio à tanta apelação e reclamação à pessoa perfeita?

Talvez dizer que eu também gostaria de ter alguém como você...
Mas talvez eu deveria tentar dizer o que realmente eu penso sobre tanto desespero.
As pessoas andam cada vez mais jovens, cada vez mais falsas, cada vez mais adultas.
Cada vez mais infelizes.

Ficou fácil reclamar e esperar que tu venha me abraçar.
Mas se eu não for e só esperar por ti que nunca vem, e quiçá daqui a pouco me abandonará?!
Me deixaria esperando por mais uma chance de te encontrar? Mas tu não vem. Tu também me esperará.

Compreendeu o problema de te esperar? Se não é tu que vem me regar, sou eu que vou te assombrar? Mas se eu decidir te regar? Melhor não...
Meu arrependimento transparece em um olhar.

Que difícil ficou reclamar e te esperar! Se a dor de não mais te abraçar me envolve tanto quanto o medo de ir lá te regar...
Será que compreende o meu medo? Compreende a minha negação? Talvez não...
Pois nem eu sei o porquê dessa solidão.

Ah, se fosse só o egoísmo!
É essa nova geração, é a moda dessa paixão mentirosa e medíocre que me pegou desprevenido.
Mas se tu não vens mais, se só o meu coração resta e as lembranças de quando a felicidade era realmente só a simples felicidade - sem esse falso moralismo absurdo de querer colocar tanta razão e motivo no que só quem entende é o coração e o sentido - O que me resta?

Só brota amargura no teu peito, só nasce desprezo entre nós.
Mais um dia que eu me vejo e não te sinto por dentro do espelho.
Ao invés desse amor, eu me abraço no espaço, desgasto os meus sapatos e te ouço pelo rádio.

Eu teria a tua convivência, mas escolhi a minha própria ausência.

E em meio à tanta beleza, escolhemos a mentira.
Talvez seja mais fácil escolher, ao invés da vida, uma rotina.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Deixa que o vento te traz

Como faz bem deixar o amor fluir, sem falar do amor; ver amor em tudo e deixar soar o amor que há nas palavras que sem percebermos jogamos ao vento. Não que o vento não seja o amor em si, mas o que há por trás das palavras apaixonadas que o pobre vento leva sem saber o porquê daquela singela e bela melodia. Ele abraça, agradece e num piscar de olhos, já multiplica os versos que lhe dei. Como se cada verso fosse apenas mais uma brisa que balança os teus cabelos, enquanto se deita na grama aquecida pela ardente tarde de Domingo. Às vezes você não percebe que possa haver alguma beleza naquilo, nem pense que há algum sentimento em uma coisa tão inevitável quanto o sopro do ar. Mas talvez seja bom lembrar, às vezes até o ar precisa te respirar. Já que eu não posso te levar os versos que fiz, o vento te faz lembrar que há também, amor no ar.

Hoje eu sonhei, sonhei poder te dar todo o amor que deixei no ar. Tomara que tenha percebido ao acordar!

Sem lastimar a tamanha importância desse amor, ou medi-lo de forma tola, como se sua direção não fosse para todos os lados e se entrelaçasse por todas as curvas. E como se entrelaça pelas tuas curvas!
Se algum dia você pensar em desistir e não mais deixar o ar te respirar, queria ao menos te fazer lembrar que não há como te negar. O sol me traz você e nem todos os versos e as melodias que eu entregar ao ar será capaz de tapar o sol que me faz iluminar.

Mas que tolice minha. Não há verso, não há canção, capaz de não haver nem ar se o sol não mais nascer. Se não for você, que seja o sol pra me aquecer. Mas eu não posso me conter e dizer que não há calor que me faça ter mais alegria do que aquele que o teu sorriso traz.

Todas as respotas me trazem de volta às perguntas quando o ar volta a cochilar pelos fios do teu cabelo.

Que graça a tua, talvez seja até maior que a lua! Já que o sol completa a tua luz.
Por mais que não me adore, que pelo menos me perdõe pela tolice de ainda levar meus sonhos às estrelas. Mas que ao menos te sirvam de ponte para não deixar o vento lhe trazer a solidão e buscar teus sonhos que não decidiram se virão.

Mas eu não sei...

Talvez essa luz que me ilumina, seja apenas mais uma escuridão escondida na neblina.

Eu não sei...

Talvez todos os sonhos terminem em ilusão, talvez você seja só mais outra encarnação de uma das estrelas que me trazem o sol ao chão.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Por mais um dia

O dia sem você amanheceu triste e seco. Mas ainda arranco suspiros da felicidade que havia no teu olhar quando olhava da janela uma outra paisagem que surgia.

Nos olhos daquela menina eu me descobria mais do que nos outros dias em que passei procurando algo que me fazia sentir o mínimo da felicidade escondida.

Mas que triste seria se a infelicidade surgisse mesmo com o raiar do dia!

Eu poderia ser feliz por olhar da janela um raio de sol que por mim atravessava e me libertava aos poucos daquela saudade reprimida por um sentimento distinto.

Logo pensei no outro dia: "Quero olhar outra vez nos olhos daquela menina." E talvez em outros dias que virão, dizer o que eu queria e não podia tentando me desviar daquele olhar que cobria até mesmo a mais sombria escuridão.

Talvez um dia eu me sinta no direito de pensar que o mundo pode ser perfeito e me fazer do avesso por mais um dia de sol, e talvez no dia que vier, eu possa escolher o que eu quis, por mais que o vento me leve a saudade de te ter nas mãos, por mais que o sopro e o prazer seja em vão, que o mundo não me traga mais o amanhã e me faça esquecer da felicidade que senti ontem.


Enquanto naquela manhã sombria, sentia o chegar da noite que parecia fria pelo medo que sentia de ver todo aquele desespero se tornando a agonia de não te encontrar por mais um dia...


Sonharei que o amanhã me trouxe mais um dia, mais uma felicidade desconhecida e tomara que eu amanheça dos raios de sol mais finos e leves, pois que me leves se não me valer mais aquela feliz felicidade alegre;

me traga só você e te darei o meu perdão; se ainda não fores muito, lhe devolvo a solidão.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Somos maiores do que o drama


Não acho fácil falar sobre desentendimento; nem sobre mim, ou sobre você. Nem sobre nós.
Não acho difícil falar bem de mim, ou de você. Ou sobre qualquer um. É sempre mais fácil ver o lado ruim e dizer o contrário. É mais difícil falar o lado ruim ao outro, mas com um pensamento bom. Como um conselho, uma ajuda. Ajuda de amigo, de amigo mesmo, amigo velho que parece novo, amigo novo que parece velho. A sensação de sempre estar lidando com uma pessoa nova a cada dia e conhecer cada lado dessa metamorfose por dia. Ajudando (ambos) no crescimento e no compreendimento de ideias e ideais todos os dias. Isso é amizade, é ter em quem confiar até mesmo quando precisamos de uma ajuda, de um (como diz meu pai) "Ei! Vamos acordar?!". Por mais que seja difícil.
Na teoria: Fácil, na crítica, fácil, fácil de pensar, difícil de agir. Como quase tudo. Na prática: Medo em alertar que enquanto eu remo o barco de um lado achando que estou fazendo certo, tu rema de outro lado, guardando a mágoa de não entender o porquê do barco nunca sair do lugar. Fracasso.
Eu tenho medo de me afogar; tu, mais ainda. E eu sei. Mas às vezes é bom enfrentar a correnteza. Quem sabe ela não te ensine o que eu não consegui? O que fracassei. Ao menos tentei, disso não me arrependo. Mas eu sei que essa mesma correnteza de tristeza me trará de volta aquela velha e boa amizade de antes. Tomara que mais forte! Deixe que eu remo do lado de cá, se tu quiser mergulhar. Te esperarei com o coração aberto, no mesmo barco, em outro mar, tentando solucionar outro problema que há de nos encontrar. E se precisar, tudo bem, vá lá te afogar! Mas não se esqueça que antes e sempre, vou tentar te impedir e até te resgatar. Mas quando a mente ignora e o coração cansa, fica difícil de aquentar o peso que tu faz quando se inclina para baixo. Se eu vejo, até você não quer se ajudar.
Eu sei, também me sentirei no dever de nadar, de nadar contra a correnteza e de me afogar. Até por acidente, por querer ajudar, talvez por querer me libertar. Continuaremos no mesmo barco, remando contra milhares de outras marés, mas com o mesmo objetivo: Chegar em algum lugar. Até quando for preciso o barco trocar. Oh! Mas não se acanhe meu amigo, estarei em outro Porto à te esperar. Com o mesmo olhar de quem perdoa, de quem compreende, de quem erra e de quem sente. Somos sempre os mesmo, com novos olhares, com novas novidades. Com velhas capacidades de perdoar.

Mas, ei! Quando voltar a remar me avise, não se esqueça que do outro lado tem alguém que ainda pensa que estamos rumo ao mesmo destino. Mesmo quando voltamos, criamos um novo caminho para recomeçar. Porque recomeçar é voltar, mas não com o mesmo propósito de errar. Porque só recomeça quem erra ou quem já errou. De qualquer forma, voltaremos a recomeçar mais uma vez. Estarei esperando por mais um recomeço; por mais um erro.

Não importa qual seja o destino, qual for o desafio, qual for a aventura. A viagem sempre continua.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Recomeçar

O chão por onde piso hoje, já não é mais o mesmo

A vontade de ir embora começa a surgir

O medo de ser tarde para tentar enxergar com um outro olhar

A vontade de ter que ir em frente sem saber onde vai pisar

Se até o chão onde minutos atrás eu pisava, desabou!?

A coragem de mudar o rumo de uma vida que já parecia consumada por uma rotina amarga

Hoje se fortifica por não saber se o coração está aqui ou ali na esquina

De qualquer forma eu seguirei sem olhar pra trás

Mas sem me esquecer jamais que o que me fez crescer foram as flores que cultivei

E as árvores que me fizeram por um segundo livre

Me deixando voar, sem o medo de arriscar

Me libertando do medo de errar

É preciso errar para aprender e é preciso aprender para crescer

Senão, nada feito

A vida se transforma numa estrada esburacada

O tropeço é inevitável, mas mesmo assim o orgulho grita

...

A alegria de que tudo dê certo e nos encontraremos novamente algum dia

Sem precisar dizer adeus, sem saber se o destino nos separará novamente

Saber que por mais longe que esteja, o coração lembrará o que jamais pode-se roubar

A lembrança de um sorriso, de um olhar

Assim, liberdade é nunca se separar

É voltar a estar por fechar os olhos e se lembrar em cada caminhar

É partir e voltar sem nunca chegar

Liberdade é voar sem sentir o arrependimento de voltar

É saber que a saudade vai buscar o que precisamos para seguirmos com um sorriso ao caminhar e uma lágrima no olhar

Lágrima de tudo, dos sentimentos mais diversos, lágrima bipolar mesmo

Aquela que diz que a vida é a tristeza da partida, mas também a alegria da lembrança

...

Chove dentro e fora

A alma lava o que precisa renascer; precisamos florescer

Deixarmos nossas raízes fortificarem o que somos

Deixarmos sermos o que realmente somos

Sem precisar fingir, com a rigidez dos espinhos mas com a delicadeza das pétalas

Ah! Como podemos ser mais delicados

Como poderíamos ter mais gratidão com a chuva que nos fortifica e nos avisa da tempetade que se aproxima

Hoje é dia de florescer

De deixar brotar o que fomos, para que se transforme no que somos

Antes de sermos, estamos

E amanhã enquanto eu pensar em ser, eu estarei sendo e fluindo

Por achar que sou

Eu estou

Somos mar por trás da rocha

Somos lágrimas por trás de um sorriso

Somos amor por trás da solidão

Somos dor por trás da separação

Somos medo por trás da decisão

Somos base e diluição

Somos o agora por trás do amanhã

Somos o amanhã por trás do agora

Somos o futuro por trás de uma nação

Somos o recomeço

O chão por onde pisei hoje, já não é mais o mesmo

domingo, 7 de novembro de 2010

O que eu espero de mim

Tomara que essa solidão passe logo. Tomara que ela não leve as lembranças do que um dia eu fui, porque é preciso olhar pra trás para crescer. E que sem ela o meu dia renove com a alegria que eu consigo encontrar em mim.

Tomara que esse turbilhão passe logo, mas que não leve a minha fé. Eu espero que esse desnorteamento passe, mas que volte, para me lembrar o quanto é bom estar em paz com o coração.

Eu espero que essa dor passe e que não me leve a paixão. Eu só quero que ela passe por hoje; se ela decidir voltar, não vou me importar, porque eu sei que ela precisa gritar, ela precisa dizer que é com você que o meu coração quer estar.

Eu espero que eu tenha mais compreensão para compreender mais as minhas fraquezas. Elas precisam de carinho, elas precisam ter o respeito que merecem. Os meus sentimentos tristes, a própria tristeza em si, precisa ser valorizada. Ela me ajuda na caminhada.

Eu espero que eu não me esqueça das feridas passadas e que elas não me levem o sorriso. Que me sirvam como uma lembrança bonita, triste, mas bonita. Que as feridas, cada uma delas, me ajudem a superar as outras que virão, que me ajudem a absorver a utilidade de cada dor que há de vir. E que o resto, seja eliminado pelo choro que se transforma em sorriso. Aquele sorriso de alívio, por sentir as lágrimas de dentro limpando o que me fazia sentir vazio.

E eu espero que eu continue sendo todos os sentimentos do mundo. Que eu seja a alegria em um dia, a dor noutro, a companhia que alguém precisa e uma pessoa que não exista. Eu quero ser todos, porque enquanto eu sou, ou melhor, enquanto eu estou, uns querem ser ninguém. E talvez morram sendo, ou morram vivendo uma mentira, pode ser alegria, pode ser tristeza, pode ser solidão ou esperteza. A verdade é que não podemos escolher um. Somos todos, ou somos nenhum.

E eu espero, com toda a sinceridade do mundo, que a alegria, a paixão, a fé... não me levem a nostalgia, a solidão e a dor. Não é masoquismo, de jeito nenhum. É sabedoria. Nem só de alegria vive o homem e vice-versa. É preciso reconhecer o valor da saudade, da lembrança, da dor de querer e não poder. Isso é crescer! É preciso saber viver, é preciso ser a alegria num dia e noutro o choro de uma partida e em outro, a dor da nostalgia. É preciso viver com mais intensidade, com mais paixão, é preciso respeitar a decisão de um coração. As pessoas se escondem demais em um sorriso, enquanto o coração chora. Eu só espero que o medo não me impessa de chorar quando eu precisar, de sorrir quando precisar, de gritar quando precisar.

E eu acho que isso é o um pouco do que eu espero de mim. O resto, eu espero de ti.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Enfim

Obrigado medo, por me fazer continuar com a dúvida ao caminhar. Obrigado amor, por me tirar todo o sofrimento do olhar sem me fazer desistir mesmo quando as escolhas que faço me trazem a dor de voltar. Obrigado sol, por me trazer todos os sentimentos no coração, por fazer toda essa doação por gratidão. Obrigado terra, por me criar e me trazer de volta sempre que eu precisar, por mais que o mar seja onde eu quero estar. Obrigado vida, por ser assim, tão querida por me acolher e me fazer crescer.


Agradecer.
Não agradecemos pela intenção de um gesto superior de carisma ou educação, nem no que vai levar e nem por reconhecimento também. Sem esse sinonimo que criam da doação de carinho e de gratidão como uma "troca de favores". Mas por dignidade e humildade. A plenitude no ser pela igualdade.

Por ser, por estar. Por ver o sol nascer e a flor desabrochar.

Insegurança

É díficil encontrar alegria em uma sala escura e vazia;
mas se eu te disser que consigo, por te achar em um canto vazio por um relance cínico, tu me acharás mais louco do que pareço quando me perco no teu olhar mais límpido.

É difícil encontrar felicidade em uma rua fechada com curvas estreitas, longas, com um final sem-saída. É inútil correr pra te achar;
mas se eu te disser que consigo encontrar por me fazer lembrar do seu gosto que me faz alcançar um suspiro incessante do ar, não por ser ar, mas por conseguir alcançar a lembrança de um jeito de achar, de um jeito inesperado, de um jeito prolongado, impensado. Mas tu pensarás que sou um lunático por não provar. Mal sabes tu que quando eu menos finjo, mais eu sinto.

É difícil encontrar paz em um mundo onde se vive a manipulação constante, o grito incessante, brigas por ideais inúteis ou por nenhum ideal;
mas se eu te disser que consigo, através dos gritos, se enquanto grito por piedade em ver tanta crueldade, a sua voz me atinge como uma brisa que destrói os meus berros com um sussurro. Sem fazer estragos, só por me libertar e me lembrar que também há paz em outro lugar. É só para o coração olhar, a paz brota quando pensamos com o coração e sem nenhuma razão.

É difícil encontrar coragem quando estamos presos como selvagens, sem esperança para resgate, se até o medo se vai e só resta a dor e o lamento;
mas se eu te disser que consigo, se por onde me prendo te levo comigo, se por onde me perco te vejo em um risco, se por onde me levam, não me tiram você.

É difícil encontrar amor quando nos prendemos em um corredor onde só se vê rancor;
mas se eu te disser que consigo, por saber que o seu sorriso é lindo por ser, que não precisa de razão pra me ouvir dizer o quanto amor eu vejo em um sorriso que até me esqueço desse rancor que por onde passo eu insisto e não o sinto por um motivo mais bonito que é te ver assim, sem perceber que o teu sorriso me faz ver o amor como um detalhe pequeno, mas que me resgata de todos os meus receios.

sábado, 30 de outubro de 2010

F L O R E S

Tenho pensado muito no que escrever hoje e nada me ressaltou, mas mesmo assim eu estou aqui, tentando transcrever a minha opinião, a minha emoção, o meu coração. Então eu vou entrelaçando as ideias junto com os sentimentos. Tranformando em forma, em matéria escrita, mesmo que não se consiga transcrever nem um terço do que o coração sente. Mas que ao menos tente, mal nenhum há em quem consente com o olhar. Aliás, acho mais bonito do que o falar. Mas se não me olhas com olhar de quem acolhe, se não escutas com os ouvidos de quem compreende, então, escrever me resta ao coração que lê, tudo bem, que leia com a mente, mas a verdade consciente é guardada por ele, o coração, este não mente e nem desmente, apenas acolhe, consente e compreende.

Coração que aquece como fogo, que vê a razão como brincadeira e transforma o medo em madeira, que traz amor como uma chama que se estende em labareda, que queima o ódio e transcende a imensidão em paz. Que transforma a dor em flor, que faz da canção o amor, que compartilha do carinho sem rancor.

Que bom que seria se os caminhos floridos fossem sem saída, mas que bom mais ainda se os caminhos floridos, antes fossem, ultrapassados por coragem e ferida. Assim, estaríamos mais preparados para enfrentar de tudo na vida.
Se não doer, como conhecer o prazer? Se o prazer está na razão de viver, qual a razão de crescer, florescer, desabrochar, murchar e doar? Se a razão de crescer está no doer, no prazer e no viver, por que tanto medo do perder, do ganhar e do celebrar? Se as respostas estão na partida, no caminho florido, nos detalhes naturais e no pôr do sol que faz do dormir um espetáculo divino, enquanto dormimos de olhos abertos e de corações calados, se vivemos desperdiçando a beleza da vida, por que as perguntas no final da caminhada? Por que não só a reflexão, a meditação e a absorção do natural, da pureza em si, da beleza perfeita e da resposta tão almejada? Resposta não há para tanta perfeição diante de nós, para tanta transcedência de nós, por nós e sobre nós. E quem em respostas se interessa mais do que na divindade perfeita que a vida é e que a vida dá, de nada adianta perguntar, apenas, lamentar.

A voz que traz, conversa e espanta a solidão. Que nos faz amigo do corpo, da mente e da imaginação. A voz que nos faz sonhar por dentro, mesmo sem dormir, que nos faz transformar em sonho, por fora, sem sentir. A voz que transforma qualquer pergunta em afirmação, em afeição, em doação. E não há respostas pra isso, não há solução, não há direção a seguir a não ser a do coração, do caminho florido, que antes, por dor passou, por mágoas lamentou, por mares atravessou. Não há perguntas a fazer, a não ser sorrir, chorar, crer e crescer. As respotas estão no caminho, na partida, na chegada e na vinda à uma nova caminhada. Está no voar e no navegar. Está no regar e no desabrochar. Está no ser e no sonhar. No real e no imaginar. No nascer e no morrer. E não há nada que nos fará crescer mais do que questionar à nós mesmos estas perguntas surreais. Quem sabe o coração não dirá? Quem sabe o que não se sabe, o que não se compreende, brota do inconsciente e floresce na mente?

Vivendo e sentindo e respostas seguirão fluindo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Hoje é Dia de Voltar a Amar


A minha vida é uma volta, ela dá voltas, ela vem e vai e volta, ela é uma estrada de volta para casa. São as mesmas pessoas, novos olhares. São outras percepções e os mesmos alardes. E isso é recíproco, é contínuo, é insano. Porque sempre paramos no mesmo lugar, mas não reconhecemos, não nos reconhecemos e não reconhecemos o próximo. O que muda é o ponto de vista. É a casa de dentro que muda, o aspécto é o mesmo, mas a voz já não. A visão é a mesma, o olhar não. O coração é o mesmo, a dor não. São outras opiniões com faces iguais. É uma cachoeira tranquila que escorre quilômetros de água sem perceber. Quando percebemos o rio secou e a correnteza cessou. Isso não é falta de atenção, é simplesmente inevitável. Se é lamentável ou não, depende de nós. Não me refiro à distância, não me refiro à saudade, não me refiro à lembrança e nem à impassibilidade. Eu me refiro à flor que brota hoje e desabrocha amanhã, eu me refiro ao beija-flor que desfruta desta flor hoje, e mais milhares amanhã. Eu me refiro ao pássaro que canta hoje e que amanhã não mais se escutará. Me refiro à mim mesmo, que lia ontem e escrevo hoje. Que sonho hoje e amanhã me deito.
Aproveitar o hoje é muito mais do que aproveitar só o hoje, é aproveitar o único, o que não voltará. Cada dia um lugar, cada segundo um olhar, cada decisão um abandonar, cada sorriso um cantar, cada destino um sonhar. Por mais que hoje seja apenas hoje, por mais que o amanhã seja o mesmo que hoje e que depois não sei...
Vem, volta para casa e te esperarei. Sem flor, sem dor, sem prometimentos e sem ter que pensar no amanhã. Por ser hoje, por hoje não voltar. Por hoje ser sempre e por sempre ser dia de amar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Por tudo que o dia me trará


Quando escrevo sobre amor, sempre penso que será a última vez. É tão intenso e tão natural que acho que serei incapaz de ser tão simples e relevante novamente. Mas então, o que parece vazio se enche e transborda, então, o invisível me traz o aviso, é preciso retirar de dentro e extrair o mínimo do que eu puder. Não o máximo, o mínimo já me parece infinito e o máximo só será energia desperdiçada. O mínimo me basta para demonstrar o tamanho da imensidão vazia, que por mais infinita e sabida, me faz sentir a vida como uma forma imensa da incapacidade sentida. Por mais que dita, por mais que ouvida, não mais que transmitida, não mais que sentida, não mais que sofrida. Internamente envolvida. Externamente dividida. Mas é assim que essa esfera gira e me faz pensar que a vida nada mais é do que olharmos para dentro de nós mesmos e encontrarmos a cura das próprias doenças que criamos. Pois não há razão que insista, nem ciência que explica, não há amor que resista, senão o próprio. Não há conhecer mais sábio do que o coração e a consciência. Não há forma mais bonita de perdão do que o reconhecimento da fraqueza, da tristeza e do apelo ao coração. Não há canção que mais bonito soe do que aquela que envolve a nação, que transforma toda a solidão em oração, toda a dor em revolução. Não há amor que aguente senão aquele que vê pena como compaixão, perdão como gratidão, ciúme como reconciliação. E a esfera gira. Enquanto dormimos sem sonhar, enquanto calamos sem gritar, enquanto ouvimos sem questionar. E o moinho não flui e a luz não surge e a prece não é ouvida. De qualquer forma, a esfera gira. E gira. E enquanto questionamos sem ouvir, sonhamos sem dormir, gritamos sem sentir. A esfera gira, e enquanto acharmos que a salvação virá, a esfera há de girar. Enquanto esperamos por sonhar, enquanto o dormir não relaxar, enquanto a fé não curar. E por mais que cure, que doa, que seja, que perca, que ganhe, que sofra. Por mais que a razão vença, que o perdão seja uma forma de troca de favor, que o amor seja uma prova de pavor. Essa esfera gira e gira sem pensar, sem parar, sem sentir, sem querer. Simples, por girar, por sempre ser, por sempre estar em sincronia absoluta, em perfeita sintonia. Estonteantes ou calmos, estaremos sempre em movimento. Medíocres ou amados, seremos sempre separados. Por todos os motivos, por todo o passado, por todo o porvir, por todo amor, enfim. Eu hei de girar, eu hei de me encontrar em ti. Que seja intenso por um instante, mas que seja por um instante intenso. E só o instante me valerá, por mais, por tudo mais, por mais que a esfera pare de girar.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cor(ação)


Ah! É essa paixão que me faz desacreditar na conclusão, que me faz impor a ilusão, que me faz transcender essa imensidão.

Ah! É esse amor que me faz acordar toda manhã sem medo de sorrir por mais que o sol não esteja aqui, que me faz sofrer sem perceber, que não faz doer mas faz arder, que me faz chorar por sorrir, que me faz agradecer por ainda te ver aqui.

Ah! É esse ar que me faz respirar... Mesmo sem querer, mesmo se arder, mesmo se chamar, mesmo se lembrar.

Ah! É esse rio que me transforma em mar... Que me faz flutuar mesmo sem nadar, sem me fazer sufocar, sem me deixar confiar, me transformando em peixe sem ter que mergulhar.

Ah! É essa raíz tua que me deixa em paz... Que me faz estar bem sem ter que chamar alguém, que me faz estar lá, sem ter que estar, que me faz te esperar, sem nunca te ver chegar.

Ah! É essa maresia que me faz acalmar... Que me faz transformar toda rebeldia em melodia, toda raiva em poesia, toda ansiedade em sintonia.

Ah! É esse açucar que me faz adocicar... Sem ter que engordar, sem ter que viciar, por querer me curar.

Ah! É essa voz que me faz te chamar. É essa energia que me faz acreditar, que qualquer dia é dia de viver e morrer (Por que não?), de saber se realmente estou aqui ou não, de te ver hoje só com o coração, se ainda quando tento te ver com olhos é em vão. Se é isso ilusão? Que seja, então!

Ah! É essa ilusão...

domingo, 3 de outubro de 2010

Demasiado


Às vezes me enxergo por dentro e me sinto fraco.

Me vejo por fora, me sinto desgastado;

Me vejo em você e me sinto derrotado.

Te vejo em mim, me sinto condenado;

Te vejo aqui e me sinto trancafiado.

Me vejo aí, me sinto sufocado;

Às vezes, tenho medo de não conseguir te esperar.
Às vezes, sinto vontade de voltar e de largar o que eu quero e o que busco pra minha vida.

Mas daí, eu me lembro que você não precisa estar. Você é, e "estar" aqui é a consequência da minha solidão. Eu só espero que não seja vão!


...Eu só espero que não seja em vão.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Por Amar


Eu quero te ter aqui até mesmo quando a noite não mais quiser cair, por saber o que me faz sentir quando me sinto longe de ti.

Eu quero te ter aqui mesmo quando o ar que eu respiro decidir parar de fluir; por saber da dor da lembrança tua que me traz, sem perceber o que faz.

Eu quero te ter aqui mesmo quando o sopro do vento não quiser mais cantar; por piedade de mim, por saber da solidão que dá fazer-me ouvir a tua voz sem precisar te enxergar.

Eu quero te ter aqui mesmo quando a terra fugir pra bem longe daqui, deixando o vazio e a tristeza corroída; é, ela sabe que as suas raízes me trazem os teus gestos e a tua silhueta frágil.



Ainda bem que a noite não quis apagar, que o ar não quis secar, que o vento não quis calar e que a terra não quis fugir. A natureza sabe que por mais triste que seja essa convivência ausente, me trará resquícios teus. Me fará mais feliz sem perceber. Me mostrará, que, por mais triste que seja e por mais que eu não entenda, ela só me conforta em me fazer te sentir aqui, por me fazer seguir sem desistir. Por me fazer te ter aqui sem persuadir.

Sem ver, sem sorrir, sem chorar, sem querer, sem tocar;

por sentir, por amar.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Por Amor


Até quando o céu se transformar em mar; o teu sorriso me inundará.


Até quando o brilho das estrelas se igualarem ao do sol; o teu olhar me cegará.


Até quando a atrocidade da brisa for um furacão; a tua voz me estremecerá.


Até quando o raio de luz for superficial; o teu riso me libertará.


Até quando a chuva não molhar, o quente não secar, o frio não queimar; a sua delicadeza me fará ignorar.


Até quando o silêncio for o eco do caos; a tua voz me envolverá com o calor do silenciar.


Até quando o amor acabar e a fonte secar; o nosso permanecerá. Invisível, sem tocar, o sentir com um olhar. Até quando uma vida for pouco para a eternidade concretizar.


Até quando a minha vida acabar, quando o olhar desaparecer e a carne estragar;
o amor me deixará o infinito, me fará vivo sem estar.
Então, a nossa luz se encontrará. Sem sentir, sem tocar. Por amor. Por amar.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Um Mais Um É Ímpar


Toda forma de amor é ímpar. Toda soma é ímpar.
O ímpar é a maior prova da harmonia. A soma é a sintonia entre pessoas, é a conexão e a ligação numa mesma frequência. Logo, o amor é ímpar. Eu e você somos ímpar. Eu sem você somos ímpar. Eu com você somos ímpar.

O par é a forma mais clara de desarmonia consigo mesmo e com os outros.

Nós somos um e se estamos conectados permanecemos um. Até o zero que é neutro me soa como ímpar. O zero é a prova mais óbvia de harmonia. Ele não é nada. Ao mesmo tempo ele multiplíca, triplíca, dobra...
Não importa quão grande é a soma, no final o ímpar prevalece. No fim todos somos um, juntos, separados, tristes, alegres. Nós somos milhares dentro de um ser. Milhares são um e um é ímpar. O amor prevalece por ser ímpar, o amor junta, transforma o todo em um. E isso é incrível. Isso me faz pensar que somos feitos de amor, por amor. Só amor. O amor é a mais perfeita prova de harmonia. O par é distinção e a desarmonia simbólica, porque se pararmos para pensar o ímpar se eleva tanto que o par fica desconhecido. E isso é o amor. O amor eleva qualquer coisa. Mas o ímpar também é solidão. Ele é o conforto e o cansaço. Tudo que junta vira ímpar, tudo que separa é ímpar.

Nos deparamos que qualquer soma é um, que um é ímpar, que matemática é poesia e que o ímpar é toda forma de amor e solidão.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

LI(F)E

A vida é uma verdadeira esfera complexa sem fim. Ela não tem barreiras. Para a vida, o impossível é só mais um obstáculo superado. Às vezes, quando procuramos um sentido real do motivo para vivermos, nós enlouquecemos e nos perdemos em pensamentos inúteis para uma resposta. Somos diretores, atores, cameraman, maquiadores do nosso próprio filme, somos a nossa história sendo contada e inventada por nós, somos nós nos afogando em mentiras deixadas por nós mesmos; se pararmos para pensar, somos o mundo. Somos ele, somos nós, sou eu e somos aquele. Complexo? Só uma questão de opinião. Uma questão de observação. A confirmação de que Deus existe, dito por aquele que é igual a mim, não faz a vida parecer mais óbvia. Aliás, nos dá mais certeza da complexidade divina que é. Se pararmos para pensar, quando queremos algo não há Deus no mundo que nos impeça. A não ser nós mesmos. O "ele" que me refiro. Somos milhares. Se pararmos para pensar, somos Deuses. E com letra maiúscula. Se pararmos para pensar, somos flores e também somos só os espinhos delas. Se pararmos para pensar, somos o amor que tanto procuramos. Se pararmos para pensar, nós somos toda a Via Láctea e mais o Sol.

Se pararmos para pensar, eu sou você e você sou eu. Nós não somos ninguém e o ninguém serão eles. Eles são como nós somos, mas com um outro ponto de vista. E o ponto de vista é a única coisa que muda, é a única diferença entre eu e você e entre nós e eles. Se pararmos para pensar, o mundo realmente é um.

Se pararmos para pensar, quem vai provar que a minha loucura seja falsa e que o teu amor seja maior?

E no meio dessa esfera circundaria contínua e inexplicável eu espero que um dia, não importando em qual vida, o nosso amor se cruze. E então provaremos que o menos é mais, que a beleza verdadeira é singela, que o pouco é muito, que o simples é incrível, que o pequeno é enorme, que dois podem ser um e que a essência do amor é o silêncio.

sábado, 28 de agosto de 2010

Você

Você é como ar. Inevitável. Por mais que eu saiba que não devo respirar essa onda de tristeza e de angústia do não dito, da quietude que eu insisto em quebrar, eu sou obrigado a respirar a tua presença. Por mais que ela seja invisível, intocável. Eu te sinto quando eu menos vejo. Quanto mais confortável você estiver, mais eu vou sentir a angústia do "estar tudo bem". É que eu sei que teve um fim, eu quis assim. Mas só o que eu vejo termina. E eu sinto a solidão de estar mais perto do que eu deveria e sem ver o que eu queria. É a dor da indiferença relatada por uma decisão do coração. É impossível ser indiferente com o coração. É inútil mentir para a verdade absoluta. Eu sei que no meu eu mais profundo eu encontro a verdade absoluta e não ouso em discordar, eu tento enganar e me sinto um fracassado.
Eu e ele. Nós sabemos que você ainda permanece dentro de mim. E quando eu sinto que te perdi ele me lembra que você ainda está aqui. E as lembranças, por mais falsas que pareçam me fazem sentir gratidão de um tempo bom, cercado de ilusão e que me fez um dia achar que poderia te fazer sentir o mesmo. Ah, eu me sinto tão vivo por isso. Esse ar que me traz teu nome me traz junto todos os sentimentos do mundo. Às vezes penso que sou movido à você. Quanto mais longe você estiver mais dentro de mim vai estar. A minha solidão é a tua presença na mais invisível das formas. Eu sinto saudade por não poder te ver, então, a solidão me traz você.

domingo, 22 de agosto de 2010

O Desapego e o Esquecimento

Muitas vezes o esquecimentonos é confundido com desapego. Eu me desapego dos versos que escrevo, mas não esqueço. E muitas vezes o desapego é mal interpretado. Jamais me esquecerei dos sentimentos que transcrevo. É com o coração. É uma lembrança trazida ao papel, é a lembrança sendo materializada. Sou eu enfatizando a sua importância conforme a escrevo. É uma observação. Eu acho que o "esquecer" nos confunde com o desapego. Escrever é deixar o desapego fluir através das palavras escritas, não ditas. É uma comiseração ao próprio sentimento. Não, é mais do que comiseração. É a tristeza trazida com carinho e sendo desapegada. Todo sentimento deve ser passado adiante. Estamos aqui para sentirmos todo o prazer e a dor dos sentimentos. Mas sem nos esquecermos. É crescer, não esquecer. É um auto-conhecimento enorme. Nunca consegui encontrar uma forma mais verdadeira e mais confortável de aprender e a conhecer a mim mesmo do que escrever. Não chamo este prazer de esquecer. Cada verso que aqui escrevo é uma gota de carinho que deságua em um mar de satisfação. Não há como eu esquecer. É o alívio do apego indo embora, sendo transcrito, sendo compartilhado comigo mesmo. Sou eu me desapegando do que eu sinto. Colocando o desapego em palavras, em lembranças do que um dia eu passei.

E no final, quando este sentimento vier novamente, eu deixarei ele vir e serei mais forte por conhece-lo e ter deixado ele ir. Fazer amizade (também) com os sentimentos dolorosos.

Escrever é nada mais do que o desapego sendo colocado em prática.

Prefiro me desapegar dos problemas do que esquecer. Quando esquecemos, estamos fugindo do que sabemos que terá volta. O desapego, é sinal de crescimento, de estar preparado quando essa volta houver.

domingo, 15 de agosto de 2010

Falta De Saudade

À pedidos, escreverei hoje sobre saudade.
A "saudade" é uma palavra da nossa terra. Ela é um orgulho. E eu concordo com este orgulho.
Ela não tem intenção nenhuma em tomar o lugar da falta. A falta é óbvia, a saudade é complexa. A nostalgia da falta não é nada, perto da saudade. A saudade brota do coração, ela nos salta dos olhos sem nem mesmo sentirmos (Ou, por tanto sentirmos). A falta não. A falta é mansa. Ela é fingida, isso sim. A saudade é avassaladora, ela chega rasgando no momento da calmaria. A falta nos vem à qualquer hora. Por recordações, fotografias, cartas. A saudade não. Ela não precisa de fotografias. Ela não precisa do material. Ela tem hora marcada, ela brota da solidão. Pela noite ela acorda para nos lembrar do que o coração sente falta. A falta e a saudade parecem ter diferença pouca. Mas elas tem toda diferença. Sentimos falta quando os olhos enxergam a solidão e a recordação. A saudade nós sentimos quando o coração sente falta do que os nossos olhos enxergam. E isso já diz tudo. A saudade não é para qualquer um. Não sentimos saudade quando perdemos algo material. Quem diz que sente é um mentiroso! Ou, não sabe o que sente. Só sentimos saudade de seres que estão vivos. E antes de qualquer tipo de ser, de pessoas. A sua espécie. A saudade só existe em uma conexão de almas. Precisa estar conectada com a harmonia das palavras e dos gestos.
Falta, nós sentimos até da unha que nos foi cortada. Compreende a diferença? O que sentimos por uma perda fútil é falta. Jamais saudade. A falta é importante. Mas importância é diferente de significância. A significância está em algo que está vivo, não em algo material. O ser se torna significante quando tem histórias para contar. A saudade vem da alma. A falta vem da ilusão projetada pelos olhos.

É como a alegria e a tristeza. É ignorante aquele que julga o alegre, feliz, e o que pensa que a falta e a saudade vem do mesmo saco. Essa desigualdade semelhante é complexa. Por mais que na alegria haja mais intensidade, quando verdadeira, felicidade está na realização total do ser. Não na efêmera, (mas valiosa) alegria. (Para quem não leu o post em que me refiro sobre a semelhança e a equivocaria entre a felicidade e a alegria, leia aqui).

Retomando o assunto. A falta e a saudade é pelo mesmo caminho. Mas ainda sim, a alegria é mais gostosa. É desgostante ouvirmos que sentimos falta de alguém. A saudade é muito mais verdadeira e bonita. A alegria, já não. Me sinto bem em ouvir alguém dizer que fica alegre em me ver. É mais verdadeiro. A falta é diferente. Como havia dito anteriormente, sentimos apenas saudade de almas, de pessoas que nos fazem bem de certa forma. Não existe meio termo para este sentimento. A falta é material. Por isso, não há aceitação para dizermos que sentimos falta de alguém. É saudade de forma mais tímida, mas é saudade.

Isso é como eu penso e como eu vejo as coisas. A tua concordância depende de ti.
Mas de qualquer forma, pense duas vezes antes de confundir a falta com saudade.
Falta até saco de batata têm. Falta se encontra em todo lugar.
Já, a saudade, é mais delicada e mais difícil de se lidar.

Poesias Minhas

Você já foi embora
Há tempos eu não vi
Por que só vejo agora
Se ainda penso em ti?


Se a dor e a solidão
Fazem parte do caminho
Por que até contigo
Eu me sinto tão sozinho?


Não sei mais quem tu és
Talvez um dia eu devesse lhe perguntar:
"Por que tu nunca me disseste o que queria?"
Se tudo que eu queria era te amar?


Se por onde tu fores
É o caminho certo
Vai precisar de uma companhia
Pois te quero sempre por perto


Se por onde tu fores
É o caminho errado
Me leve contigo
Pois te quero à qualquer lado


Se um dia te disséres
Que não podes vir à mim
Me desculpem outras mulheres
Mas te quero mesmo assim.

sábado, 14 de agosto de 2010

Saudade Amarga

Sinto saudade do que não tive e do que ainda quero ter
Saudade de coisas que ainda guardo sem fingir não estar magoado
Faço de conta que não sinto. Persisto em transcender.


Saudade do que tive ou do que já tenho, é viver a ilusão;
Como um tolo que guardar a melhor roupa pendurada no guarda-roupa
De um velho porão.


Lembranças bonitas guardo em meu coração.
Mas não posso evitar esse sentimento magoado que aqui guardo
transbordado de amor e solidão.


Agora me escute guria bonita.
Por mais que pareça aflita por já estar decidida;
Mesmo que seja difícil me entender
Me desculpa se te embaraço quando digo:
Saudade sinto eu de você.

sábado, 7 de agosto de 2010

Drama


Ainda não consigo encontrar uma forma falsa, chata, criativa e enjoativa mais bela do que o drama.

Drama é muito chato e desinteressante. Mas é mais criativo e bonito do que a apelação do ato em se fazer de vítima descaradamente.
O dramático se prevalece pela iniciativa em criar drama quando se vê inferior em poder superar um problema.
A vítima se faz mesmo quando o problema é menor do que a vontade. A vítima sempre está preparada pra enfrentar um drama e se aproveita da situação para fazer o seu papel. O dramático cria o drama. Ele não enfrenta, ele faz.

Óbviamente o dramático vai ser mais impulsivo e atrevido do que a vítima.
O dramático vê utlidade no drama. Ele transforma drama em música, em verso, em poesia, em dança. Dramático vê drama nas mais belas flores e nas mais bizarras situações do cotidiano. Às vezes ele é contraditório. Justamente por ver dramaticidade em coisas tão destintas teoricamente e físicamente.

Agora vamos esquecer a vítima. A vitíma, ao invés do dramático, não larga o drama, mesmo ele não sendo dela. Ela não cria, ela guarda. Ela respira um drama que não a pertence. E ela não vê utilidade no drama. A não ser em fugir dos problemas. Nisso, a vítima é mais eficaz. A contradição é o seu ponto forte. Justamente por falta de argumentos e por tentar encontrar uma saída falsa em sua escapatória.

O dramático quase sempre é visto por ter uma característica covarde. Mas é uma mentira. Ele não quer fugir do drama. A vítima sim, ela foge, mas ao mesmo tempo, não consegue se desapegar. O dramático não foge do drama, aliás, ele insiste em ver um fundamento naquilo, ele estuda e transforma, ele vê beleza na tristeza e no profundo. Virtude da qual é incapacitada por qualquer vítima.

O dramático é visto como chato. Ele não é completamente. Ele finge mais do que é. Pelo fato em procurar drama onde só se encontra felicidade. Não há como não achar alguém chato, quando esse alguém procura drama onde só se tem risos. Falsos, mas são risos. Devemos achar que o dramático não é feliz inteiramente por passar mais tempo procurando o drama na tristeza. Mas ele é. Essa é uma outra mentira. Ele não ostenta só tristeza, mas também, não se traveste em uma felicidade falsa. Por mais que o drama seja falso, ele sabe distinguir as características certas para ambos os sentimentos. Ele vê felicidade no drama e drama na tristeza. Ele sabe o quão importante é não ser falso em um momento de alegria. Sabe que querer enfeitar a felicidade com falsidade não é uma boa escolha. Um sorriso precisa ser verdadeiro. E o drama não é. Mas isso não significa que a felicidade não possa fazer parte da vida de um dramático. Ele consegue ser mais feliz do que muito infeliz que se julga feliz. Alegria é um falso sentimento, que por muitos é visto como felicidade. Alegria é momentânea, a felicidade é a consequência de uma vida que se leva. Portanto, alegria é uma parte falsa de uma felicidade deliciosa, contagiante e intensa, quando verdadeira, mas efêmera. Mais deliciosa do que falsa. Mais efêmera do que intensa.

Todos os poetas são dramáticos. O drama é lindo. Não há verso mais bonito do que o que é alimentado pelo drama. A dramaticidade fica na alma. É a mistura da beleza e do natural, com um pingo de tristeza. Não é apenas a tristeza escrita. É a beleza em forma de palavras, é a tristeza evoluindo e criando beleza por ser natural, por vir de forma pura. Não existe canção mais bela do que a dramática. Ela vem da alma. Nisso o drama tem em comum com a felicidade. Ambos vem da alma. A diferença é que o drama é inventado, a felicidade é algo desvendado.


Eu acho bonito ver uma utilidade tão pura e bonita para algo tão falso.
Acho uma virtude e não um problema, (como muitos acham) achar utilidade no drama. Ou, achar a utilidade do drama. Todo drama guarda a sua utilidade. Use-o para cantar, escrever, gritar, chorar, brincar, interpretar... O que for. Mas use. Use essa dramaticidade que há dentro e a transforme em talento.


O talento é a sua personalidade em forma de sentimento. E não em palavras. No meu caso, transcrevo o talento em palavras. Falsas palavras...

Disfarçadas de sentimentos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Heart, heart, heart cake


As pessoas são como as tortas.
Nem sempre a cobertura é mais saborosa do que o recheio. Ou tão saborosa quanto.
Sim, eu já pensei também em não ser deste mundo. Justamente por pensar assim e em coisas até mais malucas. Mas sentido faz, e bastante. Prefiro o meu mundo do que o mundo em que só se vê a cobertura, onde o que há por dentro não importa muito, ou não faz diferença. Dentro é onde está toda a diferença. Acham que é perda de tempo. "O que importa mesmo é a aparência do doce, o que tem por dentro depois pensaremos em como lidar." Ou joga fora, ou se vicía.
Mas a cobertura é enjoativa, aos poucos vai perdendo a graça, ela é doce e convidativa, e é só isso. A aparência é trocada por outra, mais provocante e tentadora.Vira uma bola de neve se só nos preocuparmos com a cobertura. Sempre encontraremos uma mais tentadora. O que realmente ficará na lembrança é o recheio, é o que se encontra por dentro. É misterioso, é incerto, mas pode ser irresistível se experimentarmos. É delicado e o sabor todo se encontra lá. Nós sempre queremos ter calma, o medo em acabar logo grita e sufoca, aproveitamos cada segundo em contato e saboreamos lentamente. Logo, a cobertura nos é esquecida, esquecemos que por fora daquele recheio delicado e viciante, existiu uma cobertura falsa, enjoativa e atrativa. É falsa porque ela só atrai, mas o que guardaremos é o gosto de quando experimentamos o que há dentro. A lembrança e o sentimento nós provamos no recheio. O recheio guarda o mistério do arrependimento e do apego. Por isso, há pessoas que não chegam até lá, se contentam com as "bordas" e a cobertura. São os fracos de fé, os que tem medo na entregação. É preciso se entregar para provar do recheio.
O recheio sempre será melhor do que a cobertura. Quando experimentamos o que há por dentro, nos viciamos. Logo esquecemos que um dia existiu uma cobertura atraente e convidativa. Nos importamos com o sabor e a simplicidade extraordinária do recheio. Nos fascinamos tanto pelo que há dentro, que fica quase impossível lembrar que ali dentro havia uma beleza falsa que cobria.

Não que seja inútil, mas, convenhamos... Uma borda de açucar não pode ser mais irresístivel do que um coração feito de amora.

quarta-feira, 14 de julho de 2010


You'll be inside of me even when the air runs out.

I'll be inside of you only when you remember that the air is gone.
Tem dias que eu acordo e te amo tanto.

Tem noites que eu te amo tanto e acordo.
When I think of you, I forget the whole world.
When I think of anyone in the world, the only that comes to my mind is you.

domingo, 11 de julho de 2010

Go on

Essa luz que te cobre por fora é a mesma que me incendeia por dentro.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

HEAR (T)

Sempre fui uma pessoa de muitas explicações. Agora eu vejo que de nada vale as explicações, se não estiver em contato, se não estiver na mesma energia, se não estiver em sincronia. Ver com os olhos não basta, é preciso ir além. Por fora não se vê nada, expressões talvez, falsas ou verdadeiras, mas o deseserto mora dentro, o medo nítido só se vê dentro, o gelo de quando a saudade e a tristeza vem, só se pode ver dentro, o sol da alegria, também, só se vê dentro. A verdade, nós guardamos dentro.
Para ver dentro, é preciso ver com os olhos do coração, e para ver com o coração, é preciso esquecer por alguns segundos os olhos da razão.

..

Se é orgulho que se aproxima, que o orgulho me consuma então. Se é o que o destino guarda, medo eu não quero ter.
Eu já cansei das mágoas que guardei. Elas precisam ser extraídas, por mais que eu faça isso todos os dias, às vezes não sei se dou conta das inúmeras expectativas que crio para depois me dar de cara com um mar de decepções. Não, não decepções vindas de ti, decepções das expectativas que eu mesmo crio. Às vezes eu me pergunto por quanto tempo devo suportar a tolice absurda que ando guardando dentro de mim em relação as expectativas frustratadas que tenho. Quase sempre guardo uma singela gota de esperança. Talvez esse possa ser o problema para tamanho incômodo meu e das pessoas. Mas não fico incomodado pela relação em que as pessoas criam entre elas, de forma alguma. Eu fico tenso, não sei explicar nem pra mim mesmo, quando vem uma chance de resposta, eu acabo deslizando em um orgulho que me faz levantar a cabeça e não deixar permitir a entrada de nenhum sinal de humilhação sequer. Eu sei que não é humilhação, estou sendo exagerado, mas tenho respeito próprio, quero respeitar esse sentimento indefinido. Não é falta de confiança, nem orgulho, no caso, é não conseguir explicar o desconhecido. Posso até parecer mais frio, mais focado nas decisões que crio e mais dedicado as escolhas que eu faço. Eu não sei se é bem isso, mas é esse fio de esperança que me faz sentir vivo nas horas mais ensurdecedoras. Ao mesmo tempo, me sinto fracassado em ainda continuar com essa esperança. Tem dias que ela não me deixa respirar! Espero que essa esperança não me consuma. Mas se é o que o destino guarda para mim, medo eu não vou ter.
Enquanto isso, eu continuarei a esperar por você.

domingo, 4 de julho de 2010

(A)friend

Como é difícil tentar encarar um medo.
E eu sei do que falo. Sou quase um veterano no assunto em lidar com medos.
Ainda mais quando ele acaba corroendo a coragem que ainda resta dentro do peito. A dificuldade de encarar de frente uma escolha ou uma decisão, fica quase impossível de evitar aceitar o cômodo e o fácil. O medo não é uma coisa ruim, é bom saber lidar com ele. Todos nós temos medos, mas devemos aprender a controlá-los e a superá-los. Sem pressa, com cuidado. A forma com que tratamos o medo que temos é muito importante, mais importante ainda, é botar em prática a aceitação da fraquesa e a vontade em superá-la. Confie mais na coragem em seguir o coração, do que no medo e no arrependimento. O medo está apenas para nos alertar do incerto ou do perigoso. Mas é bom saber separar as coisas e não deixar que o medo tome conta do que somos. Afinal, não somos só medo, é bom arriscar de vez em quando. Quem não arrisca, talvez passe a vida inteira com medo de ser feliz. E felicidade com medo não faz uma combinação lá muito agradável. Entre de peito aberto quando a felicidade lhe batar a porta. Aposto que o medo em arriscar, ficará para a trás, e a vontade de continuar lhe transbordará de incentivo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Estaremos aprendendo enquanto estivermos convivendo com almas

Chega um hora na vida em que devemos confiar em nós mesmos. Ninguém fará por nós as escolhas que devemos fazer. É delicado, a escolha deve vir do coração, o medo em ter feito a escolha errada, pode sim, ser fatal. Mas é uma escolha, e devemos honrá-la. Uma vida sem escolhas, é uma vida sem oportunidades, sem entusiasmo. Apostar e ter fé é o ponta pé inicial, nos prepararmos, é essencial. A confiança nasce dos nossos talentos e das nossas paixões. Aposte em si mesmo. A confiança é o segredo para começar bem uma escolha decisiva. Só você mesmo saberá o que realmente quer para si; devemos tapar nossos ouvidos para conselhos ousados demais. Conselhos demais nos fazem desistir dos sonhos que temos e dos planejamentos de uma vida que construímos. Ponhe fé até mesmo nas mais improváveis escolhas. Nem sempre a escolha mais fácil, é a mais segura. Que seja difícil então. Se te faz estremecer por dentro, o fácil não importa muito, o importante é chegar, e aproveitar cada pousada em que passar. Cada caminho é uma lembrança, cada pessoa é uma história que se constrói agora, sem fim. O aprendizado que obtemos pelas escolhas, é construído pela observação que temos em cada oportunidade.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Inteligência

Não sei se realmente alguém poderia conseguir definir alguma pessoa de inteligente; ou não.
A inteligência é relativa. É o observar, é o perdoar, é o sentir, é o amar. Mas, também, é o pensar, o descordar, (ou concordar) o calcular...
Pensando por este lado, realmente, ignorante é aquele que julga o inteligente por ser um ser bem sucedido, dedicado ao que faz e que vê o trabalho sempre como um primeiro plano em tudo. Mas vai saber se o que este, inteligente, faz o que ama, o que gosta. Se realmente seguiu o coração, ou foi pelos conselhos de pessoas que se dizem ser inteligentes por aconselhar o destino das pessoas, sem conhecer a sua capacidade em fazer o que ama. Ou será que é inteligente aquele que ama o que faz, mas não se importa tanto em garantir um alicerce concreto e duradouro? Sim, talvez o que segue a sua paixão no que faz, tenha uma perspectiva de vida mais ampliada do que o outro, eu diria. Mas não mais inteligente. Quem seria eu para julgar alguém de ignorante, sem saber o que se passa?
Mas uma coisa eu tenho certeza. Feliz é aquele que faz o que ama. Pode não ser considerado o mais inteligente, mas, sem sombra de dúvidas, o mais feliz. O sucesso está mais perto de quem é feliz no que faz.
De qualquer forma, um meio termo. Sim, trabalhe, construa. Mas o convívio com as pessoas que nos fazem bem, é o segredo em ser feliz por inteiro. Não que eu saiba como explicar, ou que eu tenha uma fórmula para provar. É só sentir. E tu vai ver que é ali que eu me refiro.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

(Mis)chance


Sinceramente, meu ponto de vista é um absurdo.
Eu gosto do tamanho absurdo em que eu consigo ver tanta hipocrisia nas pessoas. Não que eu tenha algum orgulho por isso... Deus me livre! Mas me sinto, de certa forma, atento, e me sinto um pouco mais seguro em saber construir a minha própria dignidade. Como se fossem exemplos.
As pessoas não pensam duas vezes antes, para magoar e submeter alguém que chamam de amigo.
A desconfiança, eu vejo ao lado, até dentro deles. O medo em falhar e os olhos a brilhar por uma chance em humilhar; me dão medo.
Eu observo e lamento. É uma pena elas não terem tido a minha sorte em ter conhecido o amigo que eu tenho hoje.
Se tivessem, talvez entenderíam o meu ponto de vista em meio à tanta medíocridade.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O óbvio visto pelo complexo

A capacidade de cada um vem do que cada um é capaz. Óbvio.
Muitas pessoas são capacitadas, mas não são capazes.
Parece ser uma frase ridícula, mas a capacidade teoricamente e óbviamente vem da palavra "capaz". O ser humano consegue sim, ter capacidade mas não ser capaz de fazer algo, mesmo sendo capacitado.
- Então, "capacidade" seria um termo inútil!
Não, talvez, para estes, capacidade pode ser visto apenas como o espaço interior de um corpo vazio.
O que os tornam capazes é a vontade. Talvez, a capacidade eles pensarão em usar quando forem capazes.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Liechtenstein


Não tenho pretensão alguma em querer ocupar o espaço de aguém.
Eu quero ser melhor do que eu sou. Ah, isso eu quero. E talvez, eu possa pensar dessa forma o resto da vida. Não permanecer, talvez, proceder, mas sempre, sempre crescer.
Crescer. Não me refiro de forma alguma me tornar mais orgulhoso, vaidoso ou me sentir grande. Para crescer dentro, não é preciso gabar-se de sua preeminência em relação aos outros. A inferioridade se redime por si mesma.
Em algumas ocasiões, até a minha opinião eu prefiro guardar, nunca se sabe o que os grandes por fora irão pensar. Não tiro uma conclusão inútil, e nem faço uma observação inusitada quando digo e me refiro às crianças como pessoas gigantescas. Por dentro, elas são enormes. Sim, as crianças sabem de tudo, os adultos que vão enganando-as ao longo do tempo com suas verdades insanas e complexadas. A grandeza da criança é simples, pura e divertida. Quando um homem é visto como "grande", a primeira coisa que nos vem à cabeça é um homem bem sucedido, de terno, com uma maleta em mãos e algumas verdades convenientes. E como seria vista aos olhos de pessoas grandes, uma criança grande? Poderia ser uma criança comportada, bem educada e risonha. Isso se for vista. Na maioria das vezes, não é vista. A sabedoria das crianças é algo muito complexo para os adultos. Pois é o simples, o simples aos olhos de quem não aceita (e enfeita), vira um desespero. A verdade de uma criança é tão verdade, e explicada de forma tão simples, que fica quase impossível um adulto admitir a sua inferioridade como tal para um ser tão pequeno, com uma perspectiva de vida tão grande. Não me surpreendo com as tolices dos adultos, mesmo sendo tão grandes fisicamente. Eu me surprendo com cada palavra vinda de uma criança, mesmo sabendo que são seres com uma observação de vida fascinante.
As crianças são grandes por serem. É grande por ser criança, não precisa de motivo algum para provar a sua grandeza. E o mais incrível é que ela nem pretende provar. Existe algum gesto de sabedoria mais sábio do que este? Ser grande sem precisar se gabar, saber da sua grandeza sem precisar provar? E se querem um motivo bom para prosseguir com a sabedoria e a alegria em ser criança, eis aqui uma boa forma: Um dia, nós fomos crianças, a maioria dos adultos já esqueceram, mas eu jamais vou me esquecer, a criança ainda está dentro de nós. Cada um guarda uma criança no coração, saiba pedir ajuda nas horas de angústia, saiba ajuda-lá nas horas de dúvida, saiba cuida-lá nas horas de dor. O segredo em ser feliz sem precisar provar ou agradar, está dentro de nós. Lembre-se, você também guarda uma criança. A sua criança.

sábado, 12 de junho de 2010

4


Muitas pessoas procuram o amor. Mas meu Deus! Por que tem tanta gente a procura de uma coisa tão inevitável? Tão despercebida? Tão invisível? O amor só virá quando deixarmos de procurar. O amor flui conforme o balanço que a tua vida faz. Se tu procura, ele foge; se tu convida, ele entra; mas se tu cativa, ele permanece. Eu não posso deixar de admitir que tudo que eu vejo me soa como amor, ou a maioria. Às vezes eu até esqueço que o amor está em cada um de nós.
Cada pessoa guarda uma caixinha dentro do coração. O coração é enorme, lá cabe muitas coisas, muitos guardam lembranças, momentos, pessoas, mágoas, e até coisas um tanto... inúteis. Mas dentro do coração há um espaço (Que eu diria, secreto) "especial", não mais importante, ou menos, mas é um lugarzinho isolado, quieto, às vezes, inquieto. Lá dentro tem uma caixinha guardada, ela é simples, alguns não percebem que ela existe, estão muito preocupados procurando um tal de amor, que eu nunca ouvi falar, se bem, nem quero saber quem é, o que eu guardo na minha caixinha é mais valioso do que qualquer palavra que tenha quatro letras. Afinal, uma palavra com tão poucas letras, não pode ter um significado muito importante ou valioso... Ou será que pode? De qualquer forma minha caixinha guarda mais letras, e aposto que o valor dela pode ser maior do que qualquer tipo de amor, ou quantos amores forem. Algumas pessoas escondem a caixinha a tanto tempo, que só se lembram que tem quando o desespero vem. Umas pessoas trancam a caixinha a sete chaves, com medo que alguém perceba o que tenha lá dentro. Mas o problema é que com o tempo, nem ele mais vai perceber o que tanto tempo estava trancado. E talvez morra sem saber. Tem umas pessoas que preferem não colocar nada lá dentro, o arrependimento e o orgulho gritam mais alto, esses são os mais "cuidadosos", estes pensam que nada chega a altura de ser tão valioso para ser guardado em um lugar tão importante. Estes, também são perigosos. Também existem as pessoas que escondem coisas muito valiosas dentro dessa caixinha e que realmente podem valer a pena. Mas às vezes, o medo de se entregar fica mais forte, e esse segredo vira segredo para sempre, morre em segredo. É um segredo bonito, mas que não viveu. E é triste quando não se vive algo bonito. Existem as pessoas corajosas, que vivem sem medo de ser feliz. Não procura, cativa o segredo, cuida, e aproveita, brinca, e depois guarda o segredo na caixinha de volta. E ela faz isso todos os dias, ela não precisa de muito para sentir falta. Ela fica conectada com o que guarda, ela vive o segredo, ela aproveita o valioso. Sem medo, ela vê que não tem nada a perder, e não perde nada. Ela ganha. Com estas, o segredo está bem guardado, bem cuidado e bem amado.

É, com essa, o segredo criou quatro letras, ele chamou de amor.
Sim, quatro letras, as que eu havia dito que não teriam um significado lá tão importante... E não tem mesmo. A palavra não tem significado algum. E ela nem pretende ter, amor não tem tempo pra ficar procurando significados por aí. Amor sente, amor vive. Amor não sabe de nada. Amor talvez seja ignorância, eu diria que amor é sabedoria. Pois sabedoria não é para qualquer um. E nem amor. E se não for sabedoria também, não me importa. Eu sei que amor é mais bonito. De que vale ser visto como sábio, aquele que não vê amor em cada olhar, aquele que está muito preocupado procurando entender e saber das coisas do que com o que guarda em sua caixinha? Se é que este guarde alguma coisa... O que eu sei é que ver amor é para poucos. E por que eu sei disso? Eu não sei. Mas a maioria deles estão tão preocupados em procurar amor, enquando este, está dentro de cada um, esperando para ser livre.

domingo, 30 de maio de 2010

Nothing

Não diz.
Não diz nada. Dizer nada, pode ser melhor, uma maneira mais fácil de chegar em algum lugar do que dizer muito; aliás, eu sei o que se passa. Não quero enxergar, enfrentar ou entender. Mas eu sei. Deixe de lado o que tu guardou pra mim, esquece, o que era pra ser ouvido foi ouvido, o que eu não disse, foi por segurança. Talvez orgulho. Eu só sei que não posso mais fingir que eu não quero ouvir, eu quero. Mas não diz, o silêncio eu já me acostumei, é mais fácil de se chegar em algum lugar sem muitas complicações. É mais fácil perceber como ando o outro lado quando se está calado. É mais simples estar contigo quando estou calado. O ruim, é quando o silêncio toma forma. Quando o inevitável está em frente aos teus olhos, quando o medo te encara de frente. O coração dispara, com frio, triste mas segue em frente.

Por precaução, me encontre quando quiser dizer o que o silêncio não guardou de ti.
A tua voz vai me soar da mesma forma que eu ouço as batidas do meu coração quando o silêncio não quer dizer o que eu queria ouvir nas noites em que eu me vi mais feliz.

sábado, 8 de maio de 2010

No tomorrow. Love today.

Yesterday I thought it could not grow up; today I'm growing.
Yesterday I didn't know about you, I don't believed on my capacity; today, I can see a light in each person. Just this, I don't need know all about you. I like of you how you are. What you know is not very important. Knowing that there is someone like you is enough.
Today I believe on my choices and I put my faith in them.
Including you. You and my faith go together.
Yesterday I did not know what my life would be; today I decided that I'll be happy.
Yesterday I thought that love was unreal; today I know, it is unreal. I saw that the real does not exist. But if it existed, would you be my love.
The love is around you. Not exist, but is the only thing I can see.
Yesterday I wanted to live my life with someone like you.Today I'm sure.

Yesterday I gave up without thinking. Today I even think about quitting, but you make me have strenght to continue.

I only hope tomorrow I not think about give up.
Realy. I hope.
I wait for you. If I resign is because I used up all my faith that I deposited in you without you noticing.

And if it is not asking much... Try to see some of my good side.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Giving up


Diálogo entre mãe e filho:

- Mãe, às vezes eu penso que vou ter uma relação parecida com a que você teve com o papai. Não com o mesmo fim. Mas com o mesmo "trajeto" que ele teve ao te encontrar.

- Como assim, filho?

- Não sei. Às vezes eu acho que vou me apaixonar por uma mulher daqui. Algo me diz. Se bem que não vou durar muito tempo por aqui. Mas gosto de ser positivamente bizarro em pensar nessa possibilidade.

- Ah sim. Acho que entendi. Você quer dizer, como eu e seu pai. Eu sou do Rio e ele do Sul.

- É.

- Mãe?

- Sim.

- Olha só... Eu não sou um garoto de ficar, namorar... com muitas garotas, sabe? Não sei se entende... Às vezes eu acho que eu penso demais no futuro.

- Acho que sei aonde você quer chegar. Você prefere algo mais sólido, mais sério, mais confiável... Não é?

- Mais ou menos isso.

- Filho, sobre ao futuro, se prepare, mas não tenha muita pressa em ele vir. Pois quando ele chegar, você vai querer voltar a ser mais jovem... Mas querer não vai ser o bastante. Aproveite a sua fase.

- É, eu estou ciente disso. Mãe... Eu acho que sou meio estranho em relação às mulheres. Eu poderia viver a minha vida inteira com somente uma. Desde que eu a amasse. E isso me preocupa, em parte. Mas na maior parte do tempo eu me sentíria tão feliz...

- Isso não é uma coisa ruim. É apenas difícil de ver alguém assim. Mas filho, se não deu certo, é melhor não pensar muito nisso.

- Eu sei mãe. Mas o problema, é que ainda nem deu. Deixar de pensar é inevitável.

domingo, 2 de maio de 2010

Sad Comedy

Começo a pensar que faz sentido a forma que eu me vejo entrando e introduzindo a minha vida na dos outros de forma absurda. A história anda tomando o mesmo rumo da anterior, da que eu quero esquecer, da que eu já não quero mais vivênciar. Na qual me cabe ser e honrar o papel do palhaço. Mas por que eu estou tomando a mesma direção de antes? Se é a direção da infelicidade dos outros e da minha desconfiança?
Pode parecer estúpido, mas eu vou juntando as linhas (e as entrelinhas, principalmente) e acabo me deparando com o mesmo roteiro e o mesmo fim que eu observei há dois anos atrás. Não é que eu já esteja enjoado de ver, o problema é que eu durmo na melhor parte.
Enfim... O problema é que, se eu deixar, o filme fica longo e fica mais complicado de dar conta da responsabilidade. O palhaço começa a se tornar um protagonista errado, e triste. Ele já não é engraçado, ele começa a se tornar complicado, começa a ficar enjoado, as piadas começam a não ter graça, mas começam a fazer sentido. Ao menos pra ele, ele começa a ver que as besteiras que dizia no começo para fazer as pessoas rirem começa a fazer sentido. Ele acaba se tornando o problema. Mas quando ele descobre que realmente é, já fica tarde pra tentar concertar.

Mas não para ir. Ao menos, o palhaço sabe a hora de se retirar da cena.

sábado, 24 de abril de 2010

No problems

Se parecer complicado e preocupante, não acredite em mim. Por favor, não tenha dó, ou medo.
Eu tento ser melhor. Mas parece que quanto mais tento, mais complicado me pareço e pior te parece. Então eu fico neutro, transparente, invisível. E recomeçamos tudo outra vez.
Sem nenhum problema. Pra você.

Deixe sua insegurança no guarda-roupas quando vir, e se segure em mim, se precisar.


Se o medo lhe bater a porta quando seu coração grita para se entregar, se entregue.
Mas o medo, deixe-o de fora. O coração sabe prosseguir sem o medo de errar. Erre sem medo. Se for preciso, com medo. Mas erre, ao menos uma vez.
Quando se entregar, se entregue de corpo e alma, de coração aberto. Sem medo.
O medo, esqueça, entre com tudo, mostre que está vivo, sem dúvidas. Deixe as dúvidas para trás.
Confie em você, esqueça o que vão pensar. Sem medo.
Se acabar amanhã, esteja hoje. Sem medo.
Sem pensar no que poderá acontecer, se te amar pode terminar, você ainda terá a quem chamar.
Me chame, eu vou estar. Sem medo. Sem precisar errar.
Se parecer distante, faça parecer perto. Sem medo, sem medo de imaginar.
Eu faço parecer perto todos os dias.
Se algum dia quiser me ver, feche os olhos. Sem medo, sem mesmo perceber.
Eu estarei te vendo também. Escolha as noites, é quando eu te conheço melhor. Sem medo, sem precisar sonhar.
Se não quiser me ver nunca mais. Sem medo, sem medo de olhar pra trás.
Eu só vou precisar olhar uma última vez pro teu olhar. Olhar com olhar. Sem medo, sem disfarçar.

Se algum dia a saudade quiser gritar. Grite. Sem medo. Deixe toda a sua insegurança pra trás.
Eu vou ouvir, mas não vou estar.
Eu irei até a ti, se precisar.

sábado, 17 de abril de 2010

Dreams

Se a minha vida fosse a metade do que os meus sonhos são, eu seria a pessoa mais feliz do mundo! Sem querer ser modesto, digo sério. Falo dos sonhos que tenho, não dos sonhos que eu pretendo ter ou almejo.
Às vezes eu tenho pressa em ser uma pessoa livre, mas na maioria das vezes, eu me ponho no meu lugar e deixo o tempo dizer o que será de mim. E o que será de ti? Que ainda não escolheu qual caminho quer seguir, se vai, ou se deixa os outros tomarem as decisões por você. Eu sei, eu sou uma pessoa muito indecisa na maioria das vezes. Mas eu realmente pretendo ser feliz como nos sonhos que eu vi e nos que eu quero conquistar. Mas se a felicidade em si, é você quem faz? Quem sou eu pra me impedir em ser feliz, se eu posso ser feliz todos os dias? E eu não posso dizer que eu não sou feliz.

Mas se ao menos você estivesse aqui...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Comodismo


Um dia desses, como um outro qualquer, eu estava voltando da escola e comecei a pensar: "Engraçado, o ser humano pode mudar tudo, pode inverter tudo, uma pessoa pode ser e fazer o que ela quiser. Ela tem o poder de destruir e criar qualquer coisa, sem exceção alguma." Eu chego a uma conclusão, que se UMA única pessoa tem o poder de fazer tanta coisa. Milhares de pessoas com um dom incrível de reverter uma geração não poderiam construir um planeta digno? As pessoas não enxergam o dom que têm em mudar totalmente um ciclo de vida, uma tradição inútil e um orgulho que me enoja. Eu acho que esse mundo moderno não anda tão moderno assim. Às vezes eu penso que as pessoas não entenderam nada nos exemplos, ainda não descobriram a real essência da vida. Mas se fosse difícil, eu até poderia entender. Mas é como um palmo na frente do nariz. Eu digo por mim, as catastofres que estão acontecendo pelo mundo e que vão continuar a acontecer, não me impressionam mais. O que me impressiona e me deixa completamente PASMADO é o fato do ser humano se redimir ao fato, lamentar, dizer que vai mudar, e continuar a fazer as mesmas coisas. O que eu mais escuto é: "Agora é muito tarde. Todo mundo faz isso. Se ninguém faz, por que eu vou fazer?" Você faria alguma coisa pra mudar o modo de vida que se tem hoje, se você fosse alguém. Mas as pessoas estão muito cômodas em serem ninguém. Eu digo: "Se Jesus voltasse, com uma outra face, mas com os mesmos argumentos seria "crucificado" novamente. E por pessoas que dizem ser "religiosas"." É de dar medo o que as pessoas são capazes de fazer por orgulho e por um "hábito" de vida.
Ter a decência e a obrigação em saber que o mundo é UM, é bom.
Estamos no mesmo barco.
É muito fácil ser ninguém. O que é difícil de aceitar é que você pode ser alguém.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Complicated

Eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo.
Mas é incrível a capacidade que eu tenho de aceitar a mim mesmo, com todos os defeitos que eu posso ter. Eu me aceito, mas mesmo assim, não sou o mesmo que eu fui ontem. É impossível eu tentar evitar a minha inevitável contradição a cada dia que passa. Eu tenho medo da forma que as pessoas me vêem. Não que eu me importe pelo que as pessoas acham de mim. Mas eu sinto medo do que o ser humano é capaz de fazer por apenas um mal-entendido. E isso acaba me afetando também, de uma forma ou de outra. Essas conclusões e "especulações" que as pessoas fazem de mim, me faz pensar no quanto eu sou complicado.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sixteen


Nesses meu pequenos e longos dezesseis anos, eu pude ter tido a experiência de como é ser... Feio, bonito, gordo, magro, humilhado, feliz, idiota, incrível, engraçado, chato, muito chato, desejado, enojado...
Tive muitas mudanças nestes meus dezesseis anos de vida. Consegui descobrir como é estar na posição de muitos, consegui ser o que eu pensei que eu nunca seria novamente, consegui descobrir milhares de humores e sabores, estive com pessoas incríveis, e nem tão incríveis assim. Vi um exemplo de vida e vi um desastre em pessoa, convivi com pessoas que não precisava ter convivido, e outras, que precisava ter convivido mais um pouco, descobri como é ver o mundo do jeito que as pessoas vêem e criam, e sinto em dizer, que o que eu planejo/planejei pra mim, é muito melhor.
Falei o que não era necessário ser dito e o que eu deveria ter dito e não disse, experimentei diversos climas, acho que compreendi o porquê das pessoas terem medo de se entregar e de se expressar como gostariam...

Entendi porquê o amor tá tão distante das pessoas.
E eu me orgulho de ter tido todas estas experiências e de ser tantos em um só.
Se qualquer um dos fatos que eu vivi, e das emoções que eu senti, não tivessem acontecido, eu não seria o mesmo que eu sou hoje.

Poderia ser melhor, ou até pior...
Mas se eu não tivesse vivido o que eu vivi, talvez, eu já não estaria mais aqui.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

She

E se eu te disser que eu esperaria o tempo que for pra ter você perto de mim?
E se eu te disser que
eu realmente vejo a minha vida ao lado da tua?
E por mais que pareça tão estúpido e tão impossível.
Eu ainda consigo sentir 1% da possibilidade. E é só esse 1% que eu consigo acreditar. Nada parece distante. Eu consigo te ver perto de mim todas as noites. Consigo ver a minha vida perto da tua, consigo ver você me olhando, rindo...
E eu sei que isso pode acabar, e realmente, a chance de não acabar é de 1%. Mas agora, os 99% parecem estar tão distante. E a cada dia eu sinto mais distante. Eu não quero pensar no que pode acontecer amanhã. Eu quero que amanhã, eu sinta o mesmo que eu sinto por ti hoje. Eu não consigo me ver ao lado de mais ninguém.


E nada disso me apavora.

O que realmente me apavora é ser tão estúpido em tentar imaginar que tu possa sentir o mesmo.