terça-feira, 4 de maio de 2010

Giving up


Diálogo entre mãe e filho:

- Mãe, às vezes eu penso que vou ter uma relação parecida com a que você teve com o papai. Não com o mesmo fim. Mas com o mesmo "trajeto" que ele teve ao te encontrar.

- Como assim, filho?

- Não sei. Às vezes eu acho que vou me apaixonar por uma mulher daqui. Algo me diz. Se bem que não vou durar muito tempo por aqui. Mas gosto de ser positivamente bizarro em pensar nessa possibilidade.

- Ah sim. Acho que entendi. Você quer dizer, como eu e seu pai. Eu sou do Rio e ele do Sul.

- É.

- Mãe?

- Sim.

- Olha só... Eu não sou um garoto de ficar, namorar... com muitas garotas, sabe? Não sei se entende... Às vezes eu acho que eu penso demais no futuro.

- Acho que sei aonde você quer chegar. Você prefere algo mais sólido, mais sério, mais confiável... Não é?

- Mais ou menos isso.

- Filho, sobre ao futuro, se prepare, mas não tenha muita pressa em ele vir. Pois quando ele chegar, você vai querer voltar a ser mais jovem... Mas querer não vai ser o bastante. Aproveite a sua fase.

- É, eu estou ciente disso. Mãe... Eu acho que sou meio estranho em relação às mulheres. Eu poderia viver a minha vida inteira com somente uma. Desde que eu a amasse. E isso me preocupa, em parte. Mas na maior parte do tempo eu me sentíria tão feliz...

- Isso não é uma coisa ruim. É apenas difícil de ver alguém assim. Mas filho, se não deu certo, é melhor não pensar muito nisso.

- Eu sei mãe. Mas o problema, é que ainda nem deu. Deixar de pensar é inevitável.

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