domingo, 2 de maio de 2010

Sad Comedy

Começo a pensar que faz sentido a forma que eu me vejo entrando e introduzindo a minha vida na dos outros de forma absurda. A história anda tomando o mesmo rumo da anterior, da que eu quero esquecer, da que eu já não quero mais vivênciar. Na qual me cabe ser e honrar o papel do palhaço. Mas por que eu estou tomando a mesma direção de antes? Se é a direção da infelicidade dos outros e da minha desconfiança?
Pode parecer estúpido, mas eu vou juntando as linhas (e as entrelinhas, principalmente) e acabo me deparando com o mesmo roteiro e o mesmo fim que eu observei há dois anos atrás. Não é que eu já esteja enjoado de ver, o problema é que eu durmo na melhor parte.
Enfim... O problema é que, se eu deixar, o filme fica longo e fica mais complicado de dar conta da responsabilidade. O palhaço começa a se tornar um protagonista errado, e triste. Ele já não é engraçado, ele começa a se tornar complicado, começa a ficar enjoado, as piadas começam a não ter graça, mas começam a fazer sentido. Ao menos pra ele, ele começa a ver que as besteiras que dizia no começo para fazer as pessoas rirem começa a fazer sentido. Ele acaba se tornando o problema. Mas quando ele descobre que realmente é, já fica tarde pra tentar concertar.

Mas não para ir. Ao menos, o palhaço sabe a hora de se retirar da cena.

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